Piatã era um índio muito esperto e forte, filho do
Cacique Maracaiá-Guaçu. Lutava, caçava e defendia sua tribo, por isso todos o
admiravam e seus pais se orgulhavam dele.
Certa vez, Piatã saiu para pescar em sua canoa e
remou rio abaixo. Gostava de cantar enquanto remava. Mas, naquele dia, um forte
temporal se aproximou e Piatã nada percebeu porque estava distraído cantando.
De repente, o rio foi enchendo e as corredeiras aparecendo, de nada adiantava
remar contra a maré, ele apenas se equilibrava na canoa, que cada vez mais se
distanciava de sua taba, quando a canoa desgovernada virou e ele nadando
conseguiu chegar a margem do rio. Cansado. Adormeceu.
Para sua surpresa, ao acordar estava numa espécie
de cabana que não conhecia e a seu lado, cuidando dele uma bela jovem com
muitos panos que cobriam todo seu corpo. A partir desse momento, Piatã e Débora
(a moça que o encontrou), sentiram uma forte afeição um pelo outro, mas seus
idiomas, seus costumes, suas crenças e suas vidas eram diferentes. Ela morava
na cidade e estudava sobre as plantas, por isso estava em plena mata.
O que vai acontecer daqui para frente, será uma
bela história com muito suspense, lendas e costumes onde um ensinará ao outro a
necessidade de respeitar as pessoas independente de suas culturas.
Este texto tem a intenção de penetrar no universo infantil, mostrando
que as diferenças culturais podem e devem ser respeitadas.
O texto quer mostrar que o índio não é um ser indolente e preguiçoso,
nem mau ou assassino e sim um ser que vivia de acordo com seus costumes e de
uma forma geral eram integrados com a Natureza.
Caçavam e plantavam apenas o necessário para a sobrevivência e
utilizavam a oralidade para passar suas histórias, lendas e tradições de
geração em geração.
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